As grandes potências européias do século XIX, sobretudo a Inglaterra e a França, formaram grandes impérios, que abrangiam terras e povos na África, Ásia e na Oceania. Os europeus não respeitavam as culturas nem as divisões geográficas das áreas dominadas por eles.Desrespeitaram civilizações antigas, exploraram as riquezas dessas regiões e submeteram seus povos à dominação desumana brutalmente. Entretanto, nos 35 anos após o final da Segunda Guerra Mundial, a maioria dos países africanos, asiáticos e da Oceania conseguiu a sua independência. Esse processo histórico foi chamado descolonização. Dos fatores que favoreceram a conquista da autonomia desses países podemos citar:
~A luta dos povos ativos contra os dominadores europeus. Muitas foram iniciadas muito antes da 2ª Guerra Mundial; ~O enfraquecimento político e econômico das potências imperialistas européias devido aos prejuízos com a Segunda Guerra Mundial e períodos sucessivos de crise: Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa e Grande Depressão; ~O apoio que os movimentos de libertação da Ásia e da África receberam dos Estados Unidos e da União Soviética. Os EUA queriam combater a expansão comunista, enquanto a URSS acusava o colonialismo de ser o produto do capitalismo, seu maior rival. Além disso, ambas potências buscavam áreas de influência, pois pontos estratégicos para escalas de viagens marítimas e aéreas, para a instalação de bases militares, e realização de estudos científicos e testes nucleares atraiam o interesse dos países no contexto da Guerra Fria; ~Idéias de base religiosa (budismo e islamismo na Ásia) e política (pan-africanismo na África e idéias socialistas nos dois continentes). O pan-africanismo, cujo ideal foi proposto por Jomo Kennyata, defendia a união e a independência de todos os povos africanos. Além disso, algumas idéias socialistas pregavam o direito dos povos colonizados à autodeterminação; ~A solidariedade dos países recém-libertos para com as lutas pela independência de territórios ainda sob domínio colonial. Exemplo disso foi a Conferência de Bandung na Indonésia em 1955. O processo de descolonização nos vários países foi marcado pela violência. Algumas potências européias procuraram negociar uma nova relação com suas colônias para garantir a sobrevivência de seus empreendimentos econômicos. Reformas cujo objetivo era a concessão de uma independência lenta e gradual para as colônias foram instaladas, mas revoltas acabaram ocorrendo antes da concessão da independência. Exemplos desses acordos entre colonizadores e colonizados ocorreram em várias áreas de domínio francês e inglês. Na maioria desses casos as fronteiras determinadas pelos dominadores europeus em função de seus interesses foram mantidas, o que explica o fato de membros de uma mesma etnia ficarem separados por vários países e de membros de etnias diferentes continuarem a conviver em um mesmo território. Também é por isso que as línguas nacionais adotadas nesses países foram as dos respectivos colonizadores, já que não havia uma língua comum aos diferentes povos reunidos num mesmo país.Outras áreas africanas e asiáticas, só alcançaram sua autonomia depois de violentas guerras civis e lutas mais a fim de expulsar os dominadores do território. Exemplos disso ocorreram na Indochina (formou os países Vietnã, Camboja e Laos), Indonésia, Índia(mesmo com o movimento de resistência pacífica de Mahatma Gandhi)...
Os hippies eram parte do que se convencionou chamar movimento de contracultura dos anos 60. Adotavam um modo de vida comunitário ou estilo de vida nômade, negavam o nacionalismo e a Guerra do Vietnã, abraçavam aspectos de religiões como o budismo, hinduismo, e/ou as religiões das culturas nativas norte-americanas e estavam em desacordo com valores tradicionais da classe média americana. Eles enxergavam o paternalismo governamental, as corporações industriais e os valores sociais tradicionais como parte de um establishment único, e que não tinha legitimidade. Nos anos 60, muitos jovens passaram a contestar a sociedade e a pôr em causa os valores tradicionais. Esses movimentos de contestação iniciaram-se nos EUA. Os hippies defendiam o amor livre e a não violência. Como grupo, os hippies tendem a usar cabelos e barbas mais compridos do que o considerado "elegante". Muita gente não associada à contracultura considerava os cabelos compridos uma ofensa, em parte por causa da atitude iconoclasta dos hippies, às vezes por os acharem "anti-higiênicos" ou os considerarem "coisa de mulher". Os Hippies não pararam de fazer protestos contra a Guerra do Vietnã, cujo propósito era acabar com a guerra, a maioria eram soldados que voltaram depois de ter contato com os Indianos, que a partir desse contato, eles se inspiraram na religião e no jeito de viver para protestarem. Seu principal símbolo era o Mandala. Uso de drogas como marijuana (maconha), haxixe, e alucinógenos como o LSD e psilocibina (alcalóide extraído de um cogumelo). Porém muitos consideravam o cigarro feito de tabaco como prejudicial à saúde. O uso da maconha era exaltado mais por sua natureza iconoclasta e ilícita, do que por seus efeitos psico-farmacêuticos. Quanto à participação política, mostravam pouco interesse. Eram adeptos do pacifismo e, contrários à guerra do Vietnã, participaram de algumas manifestações anti-guerra dos anos 60, não todas, como se acredita. Ir contra qualquer tipo de manifestação política também faz parte da cultura hippie, que privilegia muito mais o bem estar da alma e do indivíduo. Por volta de 1970, muito do estilo hippie se tornou parte da cultura principal, porém muito pouco da sua essência. A grande imprensa perdeu seu interesse na subcultura hippie como tal, apesar de muitos hippies terem continuado a manter uma profunda ligação com a mesma. Como os hippies tenderam a evitar publicidade após a era do Verão do Amor e de Woodstock, surgiu um mito popular de que o movimento hippie não mais existia. De fato, ele continuou a existir em comunidades mundo afora, como andarilhos que acompanhavam suas bandas preferidas, ou às vezes nos interstícios da economia global. Ainda hoje, muitos se encontram em festivais e encontros para celebrar a vida e o amor, como no Peace Fest.